Apreensão de madeiras colocou em confronto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva
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Manaus | AM | Thiago Monteiro
A juíza federal Maria Elisa Andrade, da 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária do Amazonas, revogou o bloqueio da carga de madeiras e dos maquinários de madeireiros apreendidos na divisa entre o Amazonas e o Pará, no caso que colocou em confronto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o ex-superintendente da Polícia Federal do Amazonas (PF-AM), delegado Alexandre Saraiva. O material foi liberado pela magistrada.
Em decisão, a juíza Maria Elisa julgou procedente o Mandado de Segurança que foi impetrado pela Associação Comunitária da Gleba Curumucuri contra o delegado da PF. Segundo a magistrada, não ocorreu má-fé por parte dos madeireiros e que a Polícia Federal não tem informações suficientes para confiscar as madeiras e os equipamentos, ou seja, não teve crime.
“Não constam dos autos informações acerca de eventuais autos de infração, eventuais sanções administrativas aplicada em desfavor da impetrante (associação) pelo cometimento de infração ambiental, dentre outras informações que, relativas ao PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável) do qual originada a madeira apreendida, que pudessem complementar as informações do documento apresentado pela autoridade impetrada. Também estão ausentes outros elementos de informação eventualmente obtidos no curso da investigação policial”, disse a magistrada em decisão.
Confusão
O delegado Alexandre Saraiva rebateu críticas do ministro Ricardo Salles devido a críticas por conta da apreensão das madeiras e maquinários. Saraiva chegou a afirmar que essa é a primeira vez que vê um ministro do Meio Ambiente se manifestar contrário a uma ação da polícia que pretende proteger a Floresta Amazônica.
Salles apontou falhas no trabalho dos agentes federais e disse que havia verificado a origem de duas toras. Saraiva enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia crime para investigar o ministro do Meio Ambiente por três delitos: dificultar a ação fiscalizadora do poder público no meio ambiente, exercer advocacia administrativa e integrar organização criminosa.
Além de Salles, o delegado acusou o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, e o senador Telmário Mota (PROS-RR). Após a polêmica, Saraiva foi trocado da superintendência no Amazonas pelo também delegado Leandro Almada.
Janaína Jamilla anunciou sua saída do Fundo Manaus Solidária após dois meses no cargo. Em postagem nas redes sociais, afirmou que deixará a função para se dedicar aos negócios e à família. Nomeada em janeiro, sua escolha foi questionada por falta de formação técnica na área. Ex-candidata pelo Avante, ocupava um cargo equivalente a subsecretária, com salário de R$ 22 mil. Em sua despedida, destacou projetos que coordenou, mas não mencionou o prefeito David Almeida ou a primeira-dama.
O governo Lula (PT) enfrenta uma denúncia no TCU sobre o aumento nos gastos com publicidade, que devem atingir R$ 3,5 bilhões em 2025. A ação, apresentada pelo deputado Sanderson (PL-RS), pede a suspensão das licitações até análise do tribunal. O valor representa um aumento de 40% em relação ao governo Bolsonaro. A Secom terá R$ 562,5 milhões, enquanto outros 20 órgãos somam R$ 3 bilhões. O caso ganhou repercussão após reportagem da Folha de S.Paulo.
O presidente da ALEAM, Roberto Cidade (UB), anunciou nesta quarta-feira (12) que a realização de concurso público é prioridade. Um grupo de trabalho já foi formado para definir o cronograma, desde o certame até a convocação dos aprovados. Cidade garantiu transparência e foco em cargos estratégicos para aprimorar o funcionamento legislativo. Ele também destacou seu histórico de valorização dos servidores, mencionando ser o único presidente da Casa nos últimos dez anos a conceder reajustes com ganho real.
Nesta quarta-feira (12), a Câmara Municipal de Manaus rejeitou um requerimento do vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) que solicitava informações e investigação sobre a viagem do prefeito David Almeida e sua esposa ao Caribe. O pedido foi derrubado por 24 votos contrários, 11 favoráveis, 5 ausências e 1 abstenção. Fornecedores da Prefeitura também acompanharam o prefeito durante o Carnaval na ilha caribenha de Saint Barthélemy, levantando questionamentos sobre transparência.
O vereador Rodrigo Guedes (PP) propôs a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os empréstimos de cerca de R$ 2 bilhões contraídos pela Prefeitura de Manaus, alegando falta de transparência na aplicação dos recursos. Ele aguarda um novo pedido de empréstimo de R$ 2 a R$ 2,5 bilhões e questiona se os valores foram investidos em infraestrutura, dada a persistência de alagamentos na cidade. Guedes também criticou a recente viagem do prefeito David Almeida ao Caribe com fornecedores da prefeitura, afirmando que isso gerou indignação na população e que sua solicitação de explicações pode não ser votada devido a estratégias da base governista.
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