Em sua explanação, o representante falou sobre a situação das pontes de concreto, dos projetos em andamento para o trecho do meio e os investimentos do DNIT-AM na manutenção e pavimentação da rodovia
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A situação e as obras necessárias para reconstrução da rodovia BR-319 foram tratadas durante a Sessão Ordinária, desta terça-feira (12/3), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Em Cessão de Tempo, solicitada pelo deputado Sinésio Campos (PT), o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Amazonas (DNIT-AM), Orlando Fanaia Machado, apresentou aos parlamentares a situação das obras que estão sendo feitas e os planos de ação do órgão para a estrada.
A BR-319 liga o Amazonas até a cidade de Porto Velho (RO), e tem seu percurso dividido em áreas, sendo o chamado “Trecho do Meio”, que corresponde do Km 250 ao Km 665,7, o mais problemático em relação a trafegabilidade.
“A jurisdição do Amazonas vai até o Km 740, que é a primeira divisa com o Estado de Rondônia”, apontou o superintendente.
Em sua explanação, o representante falou sobre a situação das pontes de concreto, dos projetos em andamento para o trecho do meio e os investimentos do DNIT-AM na manutenção e pavimentação da rodovia.
Em relação às obras das pontes dos rios Curuçá e Autaz Mirim, que colapsaram em 2022, Machado apresentou imagens das obras e relatou os desafios de realizar tais trabalhos na Amazônia. A previsão de entrega da primeira ponte é em outubro de 2024.
“Tivemos atrasos, devido a diversos fatores, incluindo o inverno amazônico, mas estamos trabalhando para cumprir essa data limite para que possamos devolver essas estruturas para a população”, declarou o superintendente, que disse aproveitar a oportunidade para responder os questionamentos da razão por não construir, emergencialmente, pontes de madeira nos locais que colapsaram.
Segundo Machado, o alto custo, tempo de execução e processos para obtenção de madeira certificada e impactos para a navegação no rio foram determinantes para escolha pelo uso de balsas para permitir a travessia de automóveis até a finalização das pontes de concreto. Em relação à pavimentação, o planejamento atual é de recuperar o trecho chamado Lote C, que compreende do Km 198,2 ao Km 250.
Em manifestação após a explanação, o presidente Roberto Cidade (UB) afirmou o compromisso da Casa Legislativa na recuperação da BR-319, que pode contribuir para escoamento da produção local para o restante do país, tirando o Amazonas do isolamento por via terrestre. “Nós precisamos construir pontes, levar soluções para o povo do Amazonas”, declarou Cidade.
Os deputados Sinésio Campos, João Luiz (Republicanos), Rozenha (PMB), Adjuto Afonso (UB), Comandante Dan (Podemos) e Dr. Gomes (Podemos) também se pronunciaram, falando da importância da rodovia para o Amazonas.
Questionamento sobre o Grupo de Trabalho
Em seu pronunciamento, o deputado Adjuto Afonso questionou o representante do DNIT-AM sobre os estudos realizados pelo Grupo de Trabalho (GT) BR-319, instituído pelo Ministério dos Transportes (MT), pela Portaria nº 1.109/2023.
“Acredito que esse GT possa mostrar alternativas, mostrar para o Governo Federal o quanto essa estrada é importante. Por isso, questiono sobre o resultado dos estudos feitos pelo GT para que apresente soluções à estrada”, declarou o deputado Adjuto Afonso.
Orlando Machado explicou que o Grupo de Trabalho já apresentou uma minuta do relatório final ao Ministério dos Transportes, para que este faça as considerações finais. E cabe ao Ministério a divulgação do documento.
O deputado Sinésio Campos finalizou dizendo que a otimização da infraestrutura da rodovia, não apenas fortalece o escoamento da produção e a economia do Estado, mas garante as pessoas o seu direito constitucional de ir e vir.
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