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Legislativo - 11 de maio de 2021
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Plano de vacinação do governo federal é mais lento na Amazônia, afirma José Ricardo

O deputado federal José Ricardo acredita que o Brasil dificilmente atingirá a meta de vacinar toda a população até o final do ano, por conta da pouca oferta de doses da vacina.

Por: Redação
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Manaus | AM

Após audiência pública realizada nesta segunda-feira (10), o deputado federal pelo Amazonas, José Ricardo (PT), afirmou que o atual plano de vacinação adotado pelo governo federal torna o processo de imunização ainda mais lento para a Região Amazônica. O parlamentar acredita que o Brasil dificilmente atingirá a meta de vacinar toda a população até o final do ano, por conta da pouca oferta de doses da vacina.

O debate foi proposto pelo parlamentar, na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia (Cindra), que discutiu sobre a política de enfrentamento à pandemia da Covid-19 na Amazônia e a disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a região.

Participaram da audiência representantes de órgãos que atuam no enfrentamento da pandemia, no qual apresentaram dados e ações realizadas, até o momento, na Amazônia. Segundo o deputado, a reunião tinha exatamente o objetivo de saber, por parte do governo Federal, o andamento das medidas de prevenção na região.

“O que acontece é que tudo é muito lento, e sempre as justificativas das dificuldades que existem em relação à Amazônia. Na verdade, o ritmo da vacinação, pelo visto, vai continuar lento, porque a previsão que eles têm é que, no Brasil, 80 milhões de pessoas, que seria o público alvo, vai receber a primeira dose até final de julho. E eles esperam conseguir as doses para poder, até o final do ano, vacinar todo mundo. Mas eu tô achando que isso vai ser muito difícil, mais difícil ainda para a Amazônia”, afirmou.

José Ricardo destacou que há um problema muito grande quanto à cobertura da Atenção Básica na região, que ainda é considerada muito baixa, o que pode ter contribuído com o alto número de casos registrados. “O número de leitos nos hospitais que nós temos nos estados da Amazônia é muito baixo, e há, ainda, a falta de profissionais, de médicos que se fixem principalmente no interior”, acrescentou.

O parlamentar falou, também, sobre a necessidade de investir em UTIs no interior dos estados da Amazônia. Ele citou como exemplo o Amazonas, onde, de acordo com o deputado, nenhum dos municípios do interior têm UTI.

“Não há recursos para manter UTIs ou para fazer investimentos para emergencialmente ter UTI depois da pandemia. O que foi informado é que, agora, se o Estado quiser implantar uma UTI, tem recurso para ajudar na manutenção. Depois da pandemia, não tem mais. Portanto, depois da pandemia, vai continuar tudo ou vai piorar em relação ao que era antes da pandemia, na Amazônia”, finalizou.

Dados

A Amazônia brasileira registrou, até 1º de maio deste ano, mais de 2 milhões de casos de Covid-19, com mais de 54 mil vítimas fatais.

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