Conduzida pelo procurador da AADCAM, Daniel Benvenutti, com apoio do desembargador eleitoral Fabrício Frota Marques, a reunião destacou o compromisso da associação em dar voz aos consumidores que enfrentam dificuldades para defender seus direitos
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
Em defesa dos direitos dos consumidores, a Associação dos Advogados Defensores dos Consumidores Amazonenses (AADCAM), junto a advogados do Ceará e Alagoas, participou de uma reunião com o ministro Mauro Campbell, corregedor nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O encontro buscou debater os desafios enfrentados na Justiça brasileira, especialmente no que diz respeito às demandas de massa contra o sistema financeiro e bancário.
Conduzida pelo procurador da AADCAM, Daniel Benvenutti, com apoio do desembargador eleitoral Fabrício Frota Marques, a reunião destacou o compromisso da associação em dar voz aos consumidores que enfrentam dificuldades para defender seus direitos.
“Estivemos no CNJ e nos colocamos como agentes defensores das dores dos consumidores do Amazonas e de outros estados do Brasil, com o objetivo de estreitar os laços com aquela corte e apresentar o outro lado do problema, que historicamente não era ouvido. Com o ministro Mauro Campbell, isso começou a mudar, pois ele nos recebeu com extremo respeito e sua habitual cordialidade”, afirmou Benvenutti.
O encontro ocorreu em meio a debates nacionais sobre as chamadas “demandas predatórias” — ações judiciais sem fundamento jurídico que sobrecarregam o Judiciário. A AADCAM destacou que essas não devem ser confundidas com as demandas de massa, que são legítimas e resultam da necessidade de assegurar os direitos dos consumidores frente a abusos praticados por instituições financeiras.
“O termo ‘demanda predatória’ é extremamente pejorativo e tecnicamente inadequado. Mas, graças à sensibilidade do ministro, as demandas predatórias em sua visão deveriam se chamar demandas sem lastro jurídico, o que em muito se difere das demandas de massa. A grande quantidade de demandas (demandas de massa) está ligada a grande quantidade de danos provocados pelas instituições que não respeitam os direitos dos consumidores, ao passo que predatórias são demandas por vezes associadas a violações éticas e de natureza civil e criminal, mas, é preciso efetuar com clareza essa separação”, explicou Benvenutti.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também está analisando a questão por meio do Tema Repetitivo 1198, que discute os limites do poder cautelar de magistrados em casos que envolvam possíveis fraudes, como contratos de empréstimos consignados. Esse julgamento, sob relatoria do ministro Moura Ribeiro, busca orientar a atuação judicial em situações suspeitas.
Outro ponto debatido foi a necessidade de revisar a recomendação do CNJ sobre litigância predatória, que, segundo a AADCAM, possui uma formulação genérica que pode gerar interpretações equivocadas pelos magistrados. A associação defende um diálogo mais amplo para garantir que as recomendações sejam claras e protejam tanto os direitos dos consumidores quanto o trabalho dos advogados.
“As recomendações geram instabilidade, pois, embora o CNJ tenha enfatizado seu caráter orientativo, os magistrados utilizam o poder geral de cautela para associar demandas legítimas a práticas predatórias. Para evitar isso, é necessário amadurecer os instrumentos normativos com a escuta ativa de diversos setores da sociedade, garantindo textos coesos e que protejam os direitos dos constituintes”, destacou Benvenutti.
A AADCAM tem intensificado sua atuação, estabelecendo parcerias com líderes do CNJ e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A mobilização nacional da OAB, que inclui o pedido de suspensão da recomendação do CNJ até que o tema seja revisado com a participação de especialistas, reforça a importância do diálogo institucional.
“Com a recepção do Ministro e os diálogos francos com ele e com o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, percebemos que estamos no caminho certo enquanto associação. A luta, embora árdua, tem conquistado o respeito e o apoio tanto da Ordem local quanto federal para mudarmos esse cenário de incertezas”, destacou o procurador.
Benvenutti ainda reforçou que a atuação da AADCAM tem ultrapassado fronteiras, tornando-se uma causa nacional em defesa dos consumidores. “O direito dos consumidores não pode ser desrespeitado, e com técnica e profissionalismo, buscamos nosso espaço e respeito pela classe, seja em defesa e nos estudos dos IRDRs no Amazonas, seja no diálogo produtivo institucional com as instituições do país, mas sempre, voltados para sermos a voz dos milhões de consumidores brasileiros desvalorizados em seus direitos de consumo”, concluiu.
Leia mais: TJAM conquista o “Selo Linguagem Simples” conferido pelo CNJ
O governador do Amazonas, Wilson Lima, reiterou seu compromisso com os vereadores da Câmara Municipal de Manaus durante um jantar de confraternização realizado na quarta-feira, 18 de dezembro. No encontro, Lima enfatizou a continuidade dos esforços para melhorar a qualidade de vida da população da capital em 2025, destacando a importância da parceria com os parlamentares municipais.
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) abriu um inquérito civil para apurar possíveis práticas de nepotismo e improbidade administrativa na Prefeitura de Rio Preto da Eva. A investigação concentra-se na nomeação de Iuri Freitas de Souza, ligado ao prefeito Anderson Sousa (União Brasil), sob suspeita de violar a legislação que proíbe o nepotismo em cargos públicos.
Em dois anos, a avaliação positiva do trabalho do presidente Lula caiu de 43% para 27%, segundo levantamento do PoderData. A pesquisa também revelou que 33% consideram seu desempenho ruim ou péssimo, enquanto 35% o avaliam como regular. Outros 4% não souberam responder.
O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) suspendeu o Concurso Público nº 01/2024 da Prefeitura de Barcelos após denúncia de irregularidades. Apesar da suspensão por medida liminar, o prefeito Edson Mendes (MDB) deu continuidade ao concurso, descumprindo a determinação judicial.
Nesta terça-feira, 17 de dezembro, a prefeita eleita de Maués, Macelly Veras, foi diplomada e está apta a assumir o cargo a partir de 1º de janeiro de 2025. Com mais de 16 mil votos, ela faz história como a primeira mulher eleita para comandar a “Terra do Guaraná”. Macelly reforçou a parceria entre o Executivo e o Legislativo e enfatizou o papel central da população em seu mandato. Junto com seu vice, Paulo PP, Macelly prometeu iniciar uma nova história para Maués, com dedicação e compromisso nos próximos quatro anos.
Deixe um comentário