MANAUS | AM Alerta acendido mais uma vez: o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, criticou os benefícios tributários concedidos a empresas e defendeu, em um evento promovido pelo RenovaBR, em Brasília, que haja “o mínimo possível” de incentivos. A declaração reafirma que o governo de Luiz Inácio Lula da […]
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
MANAUS | AM
Alerta acendido mais uma vez: o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, criticou os benefícios tributários concedidos a empresas e defendeu, em um evento promovido pelo RenovaBR, em Brasília, que haja “o mínimo possível” de incentivos. A declaração reafirma que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende acabar com a Zona Franca de Manaus (ZFM), que depende dos subsídios para ter competitividade nacional.
Para Appy, existe a necessidade de “enxugar” benefícios fiscais para empresas. A medida atinge o principal polo econômico do Amazonas, dando a entender que a ZFM pode perder incentivos gradualmente. Segundo o secretário, como contrapartida, o governo se dispõe em discutir um modelo de transição, que ainda está indefinido.
“No Brasil, é mais importante conseguir um bom benefício fiscal do que ser mais eficiente. O resultado é que a economia cresce menos e se organiza de forma ineficiente”, declarou o secretário especial, que compareceu ao evento representando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A sinalização de Appy contra os incentivos foi repercutida pelo deputado federal de primeiro mandato Amom Mandel (Cidadania-AM). Nas redes sociais, o parlamentar chama a atenção de que a declaração do secretário vai de encontro ao que o presidente Lula (PT) prometeu durante campanha eleitoral, em 2022, e contrária à promessa do vice-presidente e ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin.
“Bernardo Appy, secretário especial para Reforma Tributária de Lula, acaba de dar declarações muito claras contra benefícios fiscais como Zona Franca de Manaus e declarou ser do interesse do governo acabar com benefícios do tipo no Brasil. […] Acompanharei o resto da palestra e conversarei com todos os membros da bancada do Amazonas para barrarmos essa inciativa do governo federal”, afirmou Amom Mandel, em uma publicação nas redes sociais.
A declaração não é a primeira originada no governo Lula contra os incentivos fiscais, que ameaça diretamente a ZFM. Na segunda quinzena de janeiro deste ano, Geraldo Alckmin (PSB) chegou a afirmar que irá trabalhar para acabar com a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e não falou em excepcionalizar a Zona Franca de Manaus.
A competitividade da Zona Franca de Manaus depende do IPI, já que as empresas se instalam na região – que é isolada logisticamente – em troca de isenção fiscal. No ano passado, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), decretos de redução do imposto foram publicados e a redução chegou a ser de 35%. À época, analistas e políticos afirmavam que se tratava de um possível fim do modelo.
A proposta de acabar com o IPI estaria dentro da Reforma Tributária defendida por Alckmin. No Congresso Nacional, textos referentes à pauta já tramitam tanto no Senado quanto na Câmara. Ainda segundo análise de especialistas, as propostas discutidas não garantem benefícios para a ZFM.
Texto: Bruno Pacheco / O Poder
Foto: Divulgação
Janaína Jamilla anunciou sua saída do Fundo Manaus Solidária após dois meses no cargo. Em postagem nas redes sociais, afirmou que deixará a função para se dedicar aos negócios e à família. Nomeada em janeiro, sua escolha foi questionada por falta de formação técnica na área. Ex-candidata pelo Avante, ocupava um cargo equivalente a subsecretária, com salário de R$ 22 mil. Em sua despedida, destacou projetos que coordenou, mas não mencionou o prefeito David Almeida ou a primeira-dama.
O governo Lula (PT) enfrenta uma denúncia no TCU sobre o aumento nos gastos com publicidade, que devem atingir R$ 3,5 bilhões em 2025. A ação, apresentada pelo deputado Sanderson (PL-RS), pede a suspensão das licitações até análise do tribunal. O valor representa um aumento de 40% em relação ao governo Bolsonaro. A Secom terá R$ 562,5 milhões, enquanto outros 20 órgãos somam R$ 3 bilhões. O caso ganhou repercussão após reportagem da Folha de S.Paulo.
O presidente da ALEAM, Roberto Cidade (UB), anunciou nesta quarta-feira (12) que a realização de concurso público é prioridade. Um grupo de trabalho já foi formado para definir o cronograma, desde o certame até a convocação dos aprovados. Cidade garantiu transparência e foco em cargos estratégicos para aprimorar o funcionamento legislativo. Ele também destacou seu histórico de valorização dos servidores, mencionando ser o único presidente da Casa nos últimos dez anos a conceder reajustes com ganho real.
Nesta quarta-feira (12), a Câmara Municipal de Manaus rejeitou um requerimento do vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) que solicitava informações e investigação sobre a viagem do prefeito David Almeida e sua esposa ao Caribe. O pedido foi derrubado por 24 votos contrários, 11 favoráveis, 5 ausências e 1 abstenção. Fornecedores da Prefeitura também acompanharam o prefeito durante o Carnaval na ilha caribenha de Saint Barthélemy, levantando questionamentos sobre transparência.
O vereador Rodrigo Guedes (PP) propôs a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os empréstimos de cerca de R$ 2 bilhões contraídos pela Prefeitura de Manaus, alegando falta de transparência na aplicação dos recursos. Ele aguarda um novo pedido de empréstimo de R$ 2 a R$ 2,5 bilhões e questiona se os valores foram investidos em infraestrutura, dada a persistência de alagamentos na cidade. Guedes também criticou a recente viagem do prefeito David Almeida ao Caribe com fornecedores da prefeitura, afirmando que isso gerou indignação na população e que sua solicitação de explicações pode não ser votada devido a estratégias da base governista.
Deixe um comentário