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AO VIVO
Executivo - 22 de janeiro de 2025
Foto: Reprodução/Internet

Meta, X, Google e TikTok deixam governo Lula no vácuo em audiência

A AGU convocou conversa sobre políticas de moderação, mas as plataformas das principais redes não apareceram

Por: Redação
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As plataformas digitais convidadas para audiência pública sobre moderação nas redes pela Advocacia-Geral da União (AGU) optaram por não comparecer ao encontro, que é realizado nesta quarta-feira (22/1). Em meio ao debate proposto pelo governo Lula sobre segurança e moderação de conteúdo nas redes, as empresas Meta, X, Google e TikTok não mandaram representantes.

O advogado-Geral da União, Jorge Messias, anfitrião do evento, afirmou na abertura dos trabalhos: “As plataformas preferiram não participar”. Segundo ele, porém, “o governo vai continuar dialogando com todas as plataformas. As portas da AGU estarão sempre abertas”.

O que está acontecendo:

  • A AGU do governo Lula convocou as empresas de redes sociais, além de especialistas e autoridades, para uma audiência pública sobre moderação de conteúdo.
  • As plataformas (Meta, X, Google e TikTok) resolveram não comparecer ao evento.
  • O governo debate o assunto com mais empenho desde que a Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp) anunciou mudanças na política de moderação.
  • A empresa de Mark Zuckerberg está trocando (começando nos EUA) a checagem de fatos pelas “notas da comunidade”, semelhantes às usadas no X, de Elon Musk.
  • O ministr0-chefe da AGU, Jorge Messias, disse que a ausência das plataformas na audiência pública não interdita o diálogo e que elas ainda podem participar da conversa do modo on-line.

A AGU convidou 45 pessoas, entre representantes de plataformas digitais, especialistas, agências de checagem de fatos, acadêmicos e organizações da sociedade civil, para o debate técnico sobre as novas políticas de moderação de conteúdo implementadas pelas plataformas digitais no Brasil.A AGU convidou 45 pessoas, entre representantes de plataformas digitais, especialistas, agências de checagem de fatos, acadêmicos e organizações da sociedade civil, para o debate técnico sobre as novas políticas de moderação de conteúdo implementadas pelas plataformas digitais no Brasil.

A discussão ocorre após o anúncio do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, que as redes sociais da empres deixarão de usar o seu programa de checagem de fatos para adotar as “notas de comunidade”. O novo sistema é semelhante ao implementado pela rede social X, o antigo Twitter, de Elon Musk.
Embora tenha afirmado à AGU que, quando foi oficiada, que as políticas ainda não mudam no Brasil, a Meta não participa do diálogo nesta quarta.“Nós reconhecemos a importância das plataformas. Nossa preocupação é proteger os empresários, consumidores, a sociedade em geral de crimes”, disse Jorge Messias, no evento. “As plataformas são usadas por pessoas, de toda ordem, para a prática de crimes. Queremos criar um ambiente seguro. Nosso objetivo é fazer uma tomada de subsídio. Vamos organizar esses subsídios e repassar ao STF para ajudar na compreensão do fenômeno que está em curso”, completou o ministro-chefe da AGU.

As mudanças nas redes da Meta

A Meta é dona de algumas das maiores redes sociais do mundo, como Facebook, Instagram e WhatsApp. O CEO da empresa, Mark Zuckerberg, anunciou, em 7 de janeiro, uma “volta às origens”, para “dar voz às pessoas”.

O líder da empresa de tecnologia disse que o sistema de checagem apresenta “muitos erros” e “censura”.
“É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Chegou a um ponto em que há muitos erros e muita censura. Estamos substituindo os verificadores de fatos por ‘notas da comunidade’, simplificando nossas políticas e nos concentrando na redução de erros. Estamos ansiosos por este próximo capítulo”, afirmou o CEO.

Depois, oficiada pela AGU, a Meta informou que as mudanças estão sendo testadas nos Estados Unidos e ainda não chegaram ao Brasil.

Leia mais: Às vésperas da COP 30, Roberto Cidade destaca lei que incentiva o uso do biogás e do biometano

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