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No Amazonas, um dos anseios dos indígenas é a criação de uma secretaria especial de educação escolar indígena pelo Governo Federal
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Com o tema ‘Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais’, será a realizada a III Marcha das Mulheres Indígenas, no período de 10 a 13 de setembro, em Brasília (DF). O evento tem por objetivo reunir o maior quantitativo de mulheres indígenas que entregarão, no Congresso Nacional, uma Carta com as demandas e propostas das discussões levadas à capital federal.
De acordo com a coordenadora da Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas – Makira E’ta, Rosimere Arcapasso, todos os estados do país estão envolvidos, todas as etnias foram convocadas e estão sendo coordenadas por líderes indígenas para que se unam em busca de voz para o seu povo.
“Mulheres indígenas do Brasil na defesa da biodiversidade é pelo bem viver dos povos, do planeta e dos biomas do Brasil. Além da defesa da biodiversidade, temos também pautas de educação, saúde, sustentabilidade e segurança dos povos indígenas.”, declarou a coordenadora.
Rosimeire também explicou que devido o manifesto não possuir apoio de parlamentares, cada coordenação estadual será responsável por sua logística de transporte e pelo material de divulgação que deve chamar a atenção sobre as causas da marcha indígena .
“O apoio de parlamentares depende muito de cada delegação se no município ou no estado tem parlamentares que apoiam a causa indígena.”, explicou.
A coordenadora, que é do povoado Iauaretê, próximo ao município de São Gabriel da Cachoeira, também declarou que os povos originários foram prejudicados com as últimas alterações realizadas pelo governo federal, que afetaram diretamente os direitos garantidos pela Constituição Federal.
“Tanto aprovação do marco temporal, como outras situações comprometem o processo de demarcação de terras indígenas; a mineração em terras indígenas, assim como a exploração de recursos naturais e minerais.”, destacou.
De acordo com ela, o ponto destacado para a realização das manifestações e que pretende com isso pressionar o governo federal é devido aos cortes nos recursos financeiros na educação, saúde e a falta de incentivo na região Amazônica aos povos originários.
“Tudo isso teve corte financeiro (educação e saúde), como é que o governo vai implementar, principalmente na região Amazônica, onde a questão de logística, o custo de vida é muito alto? A produção que vem de fora, não há incentivo para o setor primário aqui na região. Não tem governo que tenha sensibilidade de apoiar a agricultura familiar indígena da região.”, lamentou.
Clarice Gama da Silva Arbellla, conhecida como Clarice Tukano, por pertencer ao povo indígena Tukano, é a mulher focal do estado que irá liderar o engajamento da marcha que levará temas que vão ao encontro das lutas sobre a biodiversidade, meio ambiente e a criação de escolas indígenas.
De acordo com a liderança no estado, será incluído na Carta com demandas e propostas da terceira Marcha, que será entregue no congresso, o pedido ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a educação escolar indígena.
“Nós, povos indígenas, queremos uma secretaria especial de educação escolar indígena, porque todos os nossos projetos de bem viver passam pela educação. Esse governo Lula, ele não está pautando em relação a isso (educação). É uma ajuda que nós mulheres precisamos.”, justificou.
Ela explicou que, para o evento, também serão apresentadas as temáticas tratando sobre emergência climáticas, biodiversidade e reflorestamento, discutidas por grupos de trabalhos.
“É muito importante para nós, mulheres indígenas, nos juntando com outras forças de luta, outros grupos como mulheres não indígenas, quilombolas, afrodescendentes, e tanto homens indígenas e parceiros indigenistas que movem essa questão de crises climáticas e ambientais.”, destacou.
Segundo a liderança, a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) é a responsável por levar as coordenações estaduais, mulheres indígenas anciãs e acompanhantes, via aérea, e também pelos contatos com parcerias para as demais passagens.
“Cada estado está buscando a parceria para ir. Neste momento, o estado do Amazonas está com 80 mulheres para ir na marcha. Ainda mais porque o Amazonas não tem estrada, somente pela via aérea, com custo, e nós estamos fazendo o possível para levar esse quantitativo de mulheres.”, enfatizou.
Clarice também destacou a participação dos nove estados que compõem parte da Amazônia brasileira, no mapeamento do movimento indígena; Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Roraima, Tocantins, Rondônia, Maranhão e Mato Grosso.
“A representação do norte, para nós, é muito importante e também por travar as lutas contra as crises climáticas e o meio ambiente.”
Segundo a liderança Leirejane Nagelo da Silva, do Povo Macuxi, cerca de 45 mulheres indígenas representarão seus territórios da sua região na III Marcha das Mulheres Indígenas com o objetivo de levar a voz do estado de Roraima para conter a expansão do agronégocio.
Leirejane afirmou ser importante falar sobre os impactos do agronégocio que tem aumentado nas áreas dos territórios indíegenas, assim como a presença dos garimpos ilegais. Ela entende que a referida atividade e os crimes impactam a vida humana (pessoas) e também a vida natural (biodiversidade).
“O povo de Roraima tem um grande enfrentamento de expansão que o Agro está tendo dentro e perto do territórios indígenas, que está sendo um grande problema enfrentado pelas lideranças. Nós defendemos a forma de nos organizar, nossa forma de sustentabilidade e o agro destrói matas, destrói o próprio solo, não dá uma sustentabilidade digna ao povo indígena. Além da situação dos garimpos que se alastra e o povo Yanomami tem sofrido bastante.”, declarou.
Um ponto destacado por ela, que será tema das discussões da marcha de mulheres indígenas é referente ao projeto do governo de Roraima (Projeto Grão) que “vem invadindo” o território indígena e utilizando agrotóxicos.
“A gente está enfrentando tais situações, por conta das invasões. O povo indígena, mulheres lideranças, homens, crianças, todos estão sendo prejudicados quanto a questão das hidrelétricas, do garimpo, das invasões de território, lavouras de soja. O governo não tem atendido as comunidades indígenas de uma forma correta, onde eles querem falar por nós, decidir por nós e isso nós não vamos deixar.”, salientou.
De acordo com ela, seu povo sabe a maneira correta de plantar e manter a sustentabilidade e a oportunidade com o evento é a de levar a voz indígena, principalmente das mulheres indígenas do território para que busquem, sem interlocutores, compartilhar sua experiências.
“A gente acredita que nós podemos somar força e garantir que nossos direitos sejam respeitados. Eu acredito que esse é o objetivo maior da marcha das mulheres, onde nós vamos falar por nós.”, declarou.
A liderança indígena de Roraima destacou que estão organizando, para levar para Brasília, apresentações culturais com danças, cantos e outros rituais indígenas.
Símbolo de força, preservação de cultura e do meio ambiente é o objetivo da realização da Marcha das Mulheres Indígenas, de acordo com a liderança indígena do estado do Pará, Janaina Jokrepoyre Lima Amjitopytyti.
Ela explica que é a primeira vez que é responsável pela representação das mulheres indígenas do Pará e está buscando parcerias com organizações relacionadas aos povos originários para participação do evento como Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), e Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa) e a Articulação Nacional das Mulheres Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) que atuam como suporte das solicitações necessárias para participação de seu grupo.
“A gente vem com o tema Mulheres Biomas, em defesa da biodiversidade, pela raízes ancestrais. As raízes ancestrais que nunca devemos esquecer, nunca esquecer de onde a gente veio. Biomas porquê nós somos mulheres de todos os estados, municípios e países que vem de fora participar da marcha em defesa da biodiversidade. Nós somos raízes, nós somos terra e vamos juntar todas as mulheres.”, enfatizou.
Do povo Gavião Parkatêjê, a representante diz que a importância é mostrar a cultura do norte, a luta e os impactos que são causados no território.
“Foco nas terras que são impactadas pelas grandes empresas, pelo garimpo, a gente vem sempre buscando a maneira em como lidar com isso e pedindo apoio de governos. A gente vai buscando parcerias para que nossas terras, nosso territórios não sejam tomados ou impactados pelas grandes empresas e pelo governo.”, declarou.
Coordenadora Geral da União das mulheres indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB) e co-fundadora da Articulação Nacional de Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), Telma Taurepang, afirma que a marcha é de extrema importância pela visibilidade das lutas que há muito tempo são ignoradas, assim como o direito de decidir sobre os temas de seus territórios.
“As mulheres indígenas precisam ocupar os espaços que precisam ser ocupados de fato e de direito. As mulheres indígenas, não querem só ocupar os espaços que elas têm direito. Queremos a voz nas tomadas de decisões, a nossa luta pela terra e a luta pelo direito a vida. Ninguém tem o direito de tomar decisões por nós, a não ser em reuniões, como irá acontecer na marcha, que para nós é uma grande assembleia das mulheres indígenas de todos os biomas.”, destacou.
Ela explica que em sua pauta na capital federal a maior demanda é a garantia da demarcação dos territórios indígenas como forma de proteger o ambiente e assegurar a longevidade de sua cultura.
“Sem a demarcação das nossas terras não tem saúde, não tem educação, não tem sustentabilidade e não tem vida. Estamos suscetíveis, esta é uma forma de nos proteger com os nossos territórios demarcados. Assim também salvamos vidas, quando os nossos territórios são demarcados temos água potável e ar puro e floresta viva.”, explicou.
“A importância das nossas lideranças estarem no evento é a importância que damos à vida a importância da união entre povos entre línguas é falar não só ao governo brasileiro mas falar o mundo que nós estamos vivos e nós continuaremos a existir custe o que custar. Somos mulheres que saímos do chão da aldeia para levar para uma plenária a importância das mulheres indígenas no planeta terra.”, finalizou.
Confira a programação oficial da III Marcha das Mulheres Indígenas:
Edição de conteúdos: Thiago Gonçalves
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