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Yara Lins entra com representação criminal contra conselheiro por agressão e ameaças no TCE-AM

A conselheira Yara Lins, que foi recentemente reeleita presidente do tribunal, fez a denúncia em uma coletiva de imprensa, onde relatou os eventos graves. Ela estava na Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas para registrar a queixa

Por: Redação
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Na manhã desta sexta-feira (6), a conselheira do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins, protocolou uma representação criminal contra o conselheiro Ari Moutinho Júnior, após alegações de agressão verbal e ameaças dentro da Corte. Yara Lins, que foi recentemente reeleita presidente do tribunal, fez a denúncia em uma coletiva de imprensa, onde relatou os eventos graves. Ela estava na Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas para registrar a queixa.

Segundo Yara Lins, a situação ocorreu quando ela foi cumprimentar o conselheiro Ari Moutinho Junior antes de uma sessão, e ele a respondeu com insultos grosseiros, incluindo palavras difamatórias. Ela afirmou que foi ameaçada e que Moutinho alegou que iria “ferrá-la”.  A conselheira afirmou que Ari Moutinho Junior a ameaçou verbalmente. A ameaça específica mencionada é: “eu vou te fud#r, porque a Lindôra, vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, lá no Ministério Público Federal, você vai ver, junto ao STJ.”

Nesse contexto, a ameaça se refere a uma possível ação ou intervenção junto aos órgãos que poderia prejudicar a Dra. Yara Lins. A menção à vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, sugere que a ameaça envolve o uso de influência ou recursos no sistema legal para prejudicar a conselheira.

Em um emocionante apelo, Yara Lins expressou sua confiança na justiça divina, na imprensa local e nas autoridades do Brasil. Ela destacou que decidiu fazer a denúncia não apenas por ela mesma, mas também em nome de todas as mulheres e servidoras de sua instituição. Yara Lins ressaltou que não aceita ameaças e pediu que a justiça puna o agressor, a fim de combater a violência contra as mulheres.

O fato teria ocorrido dentro do plenário do Tribunal de Contas, e Yara Lins indicou que há evidências em vídeo que comprovam suas alegações. Ela descreveu como ficou paralisada após a agressão, mas posteriormente confrontou Ari Moutinho Júnior, que de forma sarcástica tentou tocá-la e jogou beijos em sua direção, segundo ela.

 

Durante a sessão, Yara Lins fez referência à sua fé e declarou que teme apenas a Deus, não temendo homens ou ameaças. Moutinho Junior, em resposta, teria gritado “amém” da tribuna.

A advogada Catharina Estrella que acompanhou a Conselheira Yara Lins em seu depoimento prestou as seguintes declarações:

A advogada começou seu relato destacando que eles estavam presentes para acompanhar a conselheira em seu depoimento, onde identificaram três crimes: uma injúria, que envolveu xingamentos direcionados a ela, um crime de ameaça e uma tentativa de tráfico de influência, na qual foi alegado que havia influência sobre um determinado órgão no STJ.

“Estamos aqui acompanhando a Dra. Yara em seu depoimento, onde verificamos três crimes. Uma injúria, onde ela foi xingada, um crime de ameaça, e uma tentativa de tráfico de influência, onde foi alegado que havia influência sobre determinado órgão no STJ. Tudo aconteceu momentos antes da abertura de uma sessão plenária da Câmara do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, e foi presenciado por servidores e colegas conselheiros que viram a agressão sofrida pela Dra. Yara.” começou relatando advogada. A referida sessão antecedeu a sessão que foi realizada para a eleição da nova mesa diretora na terça-feira (3/10).

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Motivação

A advogada ainda comentou a respeito do que teria motivado a situação.

“A motivação é dele, mas o que se pode verificar? Isso foi feito e a Dra. Yara precisou tomar medidas judiciais para que a votação ocorresse no tribunal, para a eleição, de modo que havia um grupo que tinha interesse no adiamento daquela sessão para a eleição do novo corpo diretivo da Corte. Portanto, as agressões podem ter por motivação a tentativa de desestabilizá-la.”, afirmou.

Catharina Estrella expressou confiança de que o devido processo legal continuará a se desenrolar, o que significa que a justiça seguirá seu curso normal para investigar e abordar o caso. Ela enfatizou que a conselheira é uma vítima de violência que ocorreu em seu ambiente de trabalho, o que é um sério problema.

“Agora, confiamos que o devido processo legal seguirá seu curso. A Dra. Yara é uma vítima de violência em seu ambiente de trabalho, e é importante que todas as medidas públicas e legais sejam tomadas para responsabilizar os culpados. A violência no ambiente de trabalho, incluindo o assédio, deve ser combatida de forma firme.”, observou.

A advogada destacou sua preocupação com a violência de gênero, enfatizando que é alarmante ver mulheres em posições de poder sendo agredidas simplesmente por serem mulheres.

“É assustador saber que mulheres em espaços de poder são agredidas apenas por serem mulheres. As agressões dirigidas à Dra. Yara foram claramente motivadas por gênero, o que é inaceitável. O vídeo em que é possível ver a leitura labial do agressor proferindo palavras ofensivas é prova clara dessa conduta inaceitável. Como autoridade pública, ele deve enfrentar as punições da lei.”, ressaltou.

A advogada expressou seu apoio à conselheira Yara por buscar justiça e denunciar a violência que sofreu.

“A Dra. Yara está certa em buscar justiça e denunciar a violência que sofreu. Espero que ela receba o apoio necessário e que sua denúncia contribua para conscientizar e combater o assédio contra as mulheres.”, finalizou.

A reportagem tenta contato com o conselheiro Ari Moutinho Júnior.

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Imagens: Johnnata Reis

 

 

 

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