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Economia - 17 de dezembro de 2020
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MPF pede indenização de R$ 43 milhões a frigorífico do AM por comercializar carne de origem ilegal

Empresa deixou de adequar cadeia produtiva e comercializou, em 2019 e 2020, mais de 4 mil animais provenientes de áreas desmatadas ilegalmente

Por: Redação
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Manaus | AM | Com informações da assessoria de imprensa

Em ação civil pública apresentada à Justiça Federal no Amazonas, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do Frigorífico Amazonas ao pagamento de, no mínimo, R$ 43.230 milhões como indenização por dano moral ambiental e social coletivo pela comercialização de produtos bovinos provenientes de áreas de pastagens abertas por meio de desmatamentos ilegais.

Na ação, o MPF também pede que o frigorífico seja proibido de abater ou comercializar gado de origem ilegal, sob pena de multa de R$ 5 mil por animal. Também requer que seja obrigado a apresentar, na comercialização de todos os produtos bovinos, informação sobre a origem do produto, além de ser citado para comparecimento em audiência de conciliação.

Desde 2009, o MPF atua para a regularização da cadeia produtiva da pecuária no Amazonas por meio do programa ‘Carne Legal’. O órgão tem firmado Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), desde 2013, com os maiores frigoríficos da região, para que não comercializem, abatam ou recebam gado bovino de fazendas em que tenha ocorrido desmatamento ilegal de novas áreas a partir de 22 de julho de 2008, exceto quando o produtor apresentar o documento de autorização do órgão estadual de meio ambiente.

O Frigorífico Amazonas não aderiu ao acordo, deixando de adequar sua cadeia produtiva nos moldes previstos no TAC. Na ação civil pública encaminhada à Justiça, o MPF apresenta fatos apurados em procedimento administrativo de acompanhamento que demonstram que o frigorífico vem contribuindo para o desmatamento da floresta amazônica e para a degradação do meio ambiente em geral, comercializando produtos bovinos provenientes de fazendas em que foram praticados ilícitos socioambientais.

Entre janeiro de 2019 e setembro de 2020, o Frigorífico Amazonas adquiriu 4.323 bovinos de propriedades embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou que desmataram ilegalmente novas áreas, conforme a apuração.

Dano moral coletivo

O MPF pede a condenação do Frigorífico Amazonas ao pagamento de indenização por danos morais coletivos considerando os danos ambientais causados pela conduta da empresa e o direito de todas as pessoas a um meio ambiente saudável. O órgão ressalta que a reparação do dano moral ambiental coletivo é independente das sanções penais e administrativas pelas quais o Frigorífico Amazonas também pode ser responsabilizado.

Para a quantificação do valor a ser determinado como indenização, o MPF pede à Justiça que utilize como referência o valor de R$ 50 por quilo de carne comercializado ilegalmente. Considerando os 4323 animais de áreas irregulares comercializados pelo frigorífico, entre 2019 e 2020, o valor mínimo proposto para indenização é de R$ 43.230 milhões

A ação tramita na 7ª Vara Federal no Amazonas sob o número 1021966-39.2020.4.01.3200.

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Notas do Poder

26/07
13:13

CONVENÇÃO DO AVANTE

O prefeito de Manaus e pré-candidato à reeleição, David Almeida (Avante), confirmou que a convenção do seu partido será no próximo dia 3 de agosto, às 19 horas, no Espaço Via Torres. Os partidos Avante, PSD, MDB, DC e AGIR estão articulados para apoiar sua reeleição, com outros partidos em tratativas. O anúncio do vice-prefeito ocorrerá próximo à convenção, com possíveis candidatos sendo Renato Júnior, Capitão William Dias e Shádia Fraxe. Almeida busca um vice com um perfil semelhante ao de seu atual vice, Marcos Rotta, elogiando sua lealdade e contribuição.

26/07
13:12

PREFEITO MULTADO

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) multou o prefeito de Barreirinha, Glênio Seixas (MDB), em R$ 13.600 devido à contratação irregular do cantor Raí Saia Rodada para a décima quinta Exposição e Feira Agropecuária de Barreirinha. A denúncia do Ministério Público de Contas (MPC) apontou a falta de licitação na contratação, violando princípios de transparência e competitividade. O TCE-AM também identificou falhas no cumprimento da Lei de Acesso à Informação pelo prefeito. Seixas tem 30 dias para pagar a multa, sob pena de inscrição em dívida ativa e possível cobrança judicial.

26/07
13:12

TSE REAGE A MADURO

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar representantes para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, programadas para domingo (28). A decisão foi tomada após Nicolás Maduro, candidato à reeleição e ditador da Venezuela, afirmar que as eleições no Brasil não são auditadas. O TSE reforçou a segurança e a auditabilidade das urnas eletrônicas brasileiras e classificou as declarações de Maduro como falsas. Inicialmente, o TSE havia designado dois especialistas para a missão, mas cancelou após as declarações desrespeitosas. Maduro enfrenta acusações de repressão e restrição de liberdade no período eleitoral.

26/07
13:09

VICE DE AMOM

No processo de escolha do vice-prefeito na chapa PSD-Cidadania de Amom Mandel, o nome de Virgílio Melo, secretário-geral do PSDB-AM, “corre por fora” como uma possível surpresa. Embora não seja o favorito, Virgílio tem uma sólida experiência em gestão e é confiável para o senador Plínio Valério. Outros candidatos considerados são a juíza aposentada Maria Eunice Torres do Nascimento, o ex-deputado Humberto Michiles e o ex-deputado Ricardo Nicolau, com este último enfrentando resistência familiar para retornar à política. A decisão será anunciada na convenção partidária marcada para o próximo dia 30, no Clube do Trabalhador do SESI em Manaus.

26/07
13:07

HANG CONDENADO

Luciano Hang, proprietário da Havan, foi condenado a 1 ano e 4 meses de regime semiaberto, 4 meses de serviço comunitário e multa de 35 salários-mínimos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A condenação é por “difamação” e “injúria” contra o arquiteto Humbert Hickel, após Hang chamá-lo de “esquerdopata” e sugerir que ele “vá a Cuba”. Hickel havia liderado uma campanha contra uma estátua da Liberdade em frente à loja Havan em Canela (RS). Hang defende sua liberdade de expressão e critica Hickel, alegando que ele está distorcendo os fatos para ganhar fama.

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