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Joaquim Corado

Advogado e contador, com mestrado em Ciências Contábeis e pós-graduação em Gestão Municipal. Experiência como auditor tributário, professor na FES/UFAM e no IBAM/RJ, deputado estadual, prefeito municipal e em cargos de gestão pública, incluindo a SUFRAMA e a SEFAZ/AM. Também atuou como presidente do SINDIFISCO/AM e diretor da Associação Amazonense dos Municípios. Além disso, é consultor, formulador de políticas públicas e escritor.
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Programa Mais Carros

O programa Mais Carros do atual governo Lula é contraditório a sua essência. Se por um lado o meio ambiente é o foco principal desse governo, como ajustar o discurso de proteção ao meio ambiente incentivando produção de veículos a combustão, produtores de poluição ao meio ambiente?

Por outro lado, os pátios das montadoras estão abarrotados de veículos novos pela falta de vendas e os estoques não param de crescer, isto significa prejuízos financeiros relevantes pelo capital investido na produção que não consegue vender. O próprio anuncio do tal programa causou total paralização das vendas dos veículos novos e os usados pela falta de compradores esperando o “carro mais barato”.

As montadoras anunciam a paralização da fabricação dos veículos, demissões e licenças para os operários. O governo não conversou com as montadores antes de anunciar o programa, o fez de maneira açodada sem conhecimentos do que acontece no setor da produção de veículos. Como pode dar certo?

Precisa entender que o preço do produto, qualquer que seja é formado pelo mercado levando em consideração a oferta e a demanda. Quando o governo insiste em interferir no preço acaba em caca. Os exemplos são pródigos em mostrar a realidade – desastre na certa! 

Mas, vamos lá! considerando que 43,4% da população brasileira está endividada, não consegue pagar sua conta de luz, de água e, que a renda média dos trabalhadores brasileiros é de R$ 3.000,00, como irão comprometer parte dessa renda em financiamento do carro com juros mensais de 5%. Se o limite de endividamento permito é de 900 reais (30% do salário). Por exemplo simples, o carro que custe R$ 60.000,00 vai levar em torno de 67 anos para ser quitado.

Mais uma incongruência desse governo, o programa pode beneficiar a classe média – tão execrada pelo petista na campanha eleitoral-, agora beneficiada, entendeu a idiossincrasia da tergiversação nas narrativas petistas!

Joaquim Corado 

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ATENÇÃO: O texto acima é de caráter opinativo, logo, as informações e crenças expressas nele não refletem essencialmente o pensamento do site O PODER e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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