Qual deve ser a prioridade de uma gestão? Qual deve ser a responsabilidade de um gestor no comando da Prefeitura de uma cidade?
O prefeito tem o direito de imprimir suas características no comando de uma cidade, levando em conta que sua campanha é justamente a apresentação de compromissos, com a exposição de plano de governo, de diretrizes administrativas dentro das áreas que formam a máquina da cidade. O povo o elege esperando mudança da realidade do seu cotidiano.
No entanto, existe hoje uma clara distorção na atual gestão municipal.
O prefeito ao chegar ao cargo, trata a cidade como um projeto de poder, elencando como prioridade e objetivo estampar sua cara ou sua marca em toda a cidade. Nessa distorção toda, praças, muros e até máquinas locadas com dinheiro público são caracterizadas numa campanha de egos e arrogância, sobrepondo a população com gastos milionários.
No comando da Prefeitura logo se monta um grande aparato onde a figura do político é o centro de tudo e a comunicação milionária é usada para distorcer a realidade.
Não demora muito e a população começa a sentir na pele a falta de ações de uma gestão permeada pelo populismo sem nenhum planejamento e responsabilidade com a transparência e com o dinheiro público.
Manaus é uma cidade com grandes problemas estruturais, pavimentação ruim, aterro sanitário em colapso, áreas de risco, mobilidade urbana precária, centro histórico abandonado.
Nos últimos anos vimos uma gestão da qual grande parte do plano de governo apresentado nas eleições não foi cumprida, que tem vários empréstimos aprovados e recebeu ajuda em emendas federais.
Não faltou dinheiro, faltou gestão.
A falta de qualidade nos investimentos na cidade é latente e a ausência de planejamento que leve em conta as prioridades básicas da população é real e nociva. É evidente que Manaus não avançou em áreas estratégicas para uma cidade polo.
A população hoje está em segundo plano. O mais importante é decorar a Ponta Negra e fazer um grande réveillon com atrações nacionais. Para a população, resta assistir a tudo isso enquanto encara uma espera interminável por serviços básicos.
É, no meio de tanto pão e circo, o povo fica com as migalhas.
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