Um conhecido texto bíblico afirma: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro“. Em se tratando de política, é impossível servir a esquerda lulista e a direita bolsonarista, pelo menos ao mesmo tempo. Ao que tudo indica, o deputado Amom quis e quer fugir dessa realidade; e é claro que ele não conseguirá.
Durante sua campanha de deputado, Amom fugiu dos nomes “Lula” e “Bolsonaro” como o diabo foge da cruz. Por uma razão muito simples: ele queria os votos de ambos os grupos políticos; e foi assim que obteve a maior votação da história do Amazonas. Mas por quando tempo dois grupos antagônicos podem se sentir representados pela mesma pessoa? Parece que por no máximo dois meses; explico.
Pela sua incisiva fixação pelo Prefeito David Almeida (Avante), muitos começaram a se perguntar “por que o Amom não fala nada do presidente Lula?“. Afinal, Lula não cometeu erro algum em dois meses? Não existe nenhuma medida ou escândalo que mereça a atenção do deputado? Pois bem, para colocar mais lenha, Mandel afirmou esta semana que a CPMI do 8 de janeiro (pauta bolsonarista) é um “mero palanque político“, afirmação que irritou ainda mais os bolsonaristas amazonenses.
Com a pressão, Amom resolveu – finalmente – fazer uma “crítica” ao governo Lula sobre o duplo discurso do governo em relação à Zona Franca de Manaus (ZFM). Rapidamente, Amom conheceu o caráter “democrático” dos seus eleitores de esquerda, e então recebeu outra chuva de críticas em grupos do WhatsApp e nas redes sociais.
Se continuar assim, Amom conseguirá a façanha de ser desprezado pelo dois grupos.
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