Manaus-AM|
Durante conversas entre o prefeito do Recife, João Campos (PSB) e por sua namorada Tabata Amaral (SP), Tabata que tem uma relação próxima com o apresentador Luciano Huck, criou ponte entre Huck e João, esse que está tentando levar o apresentador para a sigla.
O filho do ex-governador e ex-presidenciável Eduardo Campos (que morreu em um acidente aéreo na campanha de 2014) e Huck também estreitaram a relação quando João Campos assumiu, aos 27 anos, o mandato de deputado federal e adotou uma agenda ambientalista e progressista. No Congresso, o atual prefeito da capital pernambucana foi relator da CPI do Óleo e presidiu a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda Básica.
O DEM, que flertava com o apresentador, mergulhou em uma crise interna após a eleição da presidência da Câmara, quando a bancada liberou seus deputados para votarem em Lira – líder do Centrão e candidato do presidente Jair Bolsonaro. A aproximação da legenda com o Palácio do Planalto e a iminente desfiliação do deputado Rodrigo Maia (RJ) têm o potencial de esfriar as conversas do DEM com Huck.
A alternativa PSB tem como pano de fundo uma possível fusão entre a sigla socialista e o PCdoB, o que resultaria na criação de uma legenda de centro esquerda. Apesar de ainda embrionária, a tese tem sido bem recebida por quadros dos dois partidos. De acordo com interlocutores de Campos, há consenso de que é preciso construir pontes no campo da esquerda além do PT.
“A fusão do PSB com o PCdoB é uma possibilidade. Há conversas entre os líderes dos dois partidos”, disse o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). “Assim como em 2018, a eleição de 2022 também não será convencional. A ideia é buscar uma pessoa da sociedade e acima dos partidos, mas ainda não aconteceu nenhuma conversa da direção do PSB com o Huck”, afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.