Manaus-AM | Por: Redação
Nesta quinta-feira (11), o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou ao Senado que o governo do Amazonas e o Sistema Único de Saúde (SUS), não haviam indicado ou que iria faltar oxigênio na rede pública de Saúde do Estado no começo deste ano.
Na ocasião, o sistema de saúde de Manaus colapsou, e doentes de Covid-19 morreram por falta de oxigênio.
Cobrado por explicações sobre a situação no Amazonas, Pazuello disse que, em nenhum momento, no documento do dia 8 de janeiro, falou-se em “falta de oxigênio”. E fez o seguinte comentário sobre o que é apontado no relatório:
“Rede de gases são os tubos de gases e não o oxigênio que vai dentro. Pressurização entre o município e o estado é regulação entre um e outro”, disse.
O relatório da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) citado pelo ministro traz as seguintes informações: “Foi relatado um colapso dos hospitais e falta da rede de oxigênio. Existe um problema na rede de gás do município que prejudica a pressurização de oxigênio nos hospitais estaduais”.
Também sobre Manaus, o mesmo documento aponta “dificuldade crítica nos respiradores (oxigênio) dos Hospitais da Rede de atendimento Covid-19”.
Wilson Lima pediu ajuda do Governo Federal e foi atendido tempos depois
O Ministério Público Federal no Distrito (MPF-DF), no dia 26 de janeiro, abriu uma apuração preliminar sobre a suposta improbidade administrativa cometidos pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na conduta da crise de Saúde do Amazonas.
Nessa apuração, o MPF vai analisar o uso do dinheiro público na compra de medicamentos, mesmo com a eficácia não ser comprovada cientificamente no tratamento da Covid-19, como a cloroquina e hidroxicloroquina, enquanto pacientes morriam sem oxigênio nas unidades de Saúde.
Em documento enviado ao STF, a Advocacia-Geral da União admitiu que o governo Bolsonaro soube, com pelo menos dez dias de antecedência, que a crise em Manaus estava prestes a ocorrer.
O Governo do Amazonas, informou o Governo Federal de que o Amazonas pudesse sofrer um possível colapso na Saúde, ainda em dezembro, e o Federal demorou mais de uma semana para enviar representantes para o estado. O pedido que foi feito por oxigênio, também só foi atendido dias depois de começar a faltar nas unidades de Saúde.