Pará | PA
A Associação Comercial do Pará (ACP), emitiu uma nota de solidariedade aos empresários do país, após as falas preconceituosas do presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva (PT), sobre a classe. No documento, a ACP diz que a afirmação do presidente sobre os empresários não ganharem dinheiro porque trabalham, mas por causa do trabalhado de seus empregados, é “extemporânea, preconceituosa e fora da realidade”.
“A Associação Comercial do Pará, que atua há 203 anos na defesa dos interesses da classe produtiva e do desenvolvimento do Pará e do Brasil, se solidariza com os empresários brasileiros diante da repetição injusta e inverídica do mantra “o empresário não ganha dinheiro porque ele trabalhou, ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalham”, há muito repetido e agora, novamente dito de forma extemporânea, preconceituosa e fora da realidade vivida pelos empreendimentos produtivos brasileiros”, afirma trecho da nota.
Além de se solidarizar, a Associação ainda afirma na nota que a fala do presidente atinge, não somente as micro e pequenas empresas, mas também os grandes negócios, construídos como sociedades anônimas.
“Onde muitos trabalhadores são acionistas, ora através de suas poupanças familiares, ora por subscrição de seus fundos de aposentadoria”, declarou a ACP.
Por fim, a nota diz que o que os empresários brasileiros anseiam e precisam, é de um país harmônico e unido, para poderem trabalhar.
“Gerar riqueza, emprego e renda, capaz de superar as anunciadas crises recessivas internacionais e a crise fiscal decorrente do aumento projetado do déficit público. Nosso irrestrito apoio e solidariedade aos empresários brasileiros”, finaliza a associação por meio da nota.
Declaração
Uma declaração do presidente Lula (PT), feita no último dia 18 de janeiro, onde afirmou que empresários ganham dinheiro sem trabalhar porque os funcionários trabalham, causou revolta entre os cidadãos e reações entre parlamentares de diversos estados do Brasil, além da classe empresarial do país. O Presidente criticou o que chamou de “ganância das pessoas mais ricas” e defendeu que haja “contrapartida social”.