Segundo ele, os valores contratados pela prefeitura fogem da média de mercado e indicam possível desperdício de dinheiro público
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O deputado estadual Delegado Péricles (PL) anunciou que levará ao conhecimento do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) denúncias sobre possíveis irregularidades na contratação de artistas nacionais para a Festa da Castanha, em Tefé (distante 523 quilômetros de Manaus). Os contratos assinados pelo prefeito Nicson Marreira Lima (União Brasil), envolveram pagamentos que ultrapassam R$ 2,15 milhões.
Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (29/1), Péricles criticou a suposta supervalorização dos cachês pagos aos cantores Simone Mendes, Pablo e Marcinho Sensação. Segundo ele, os valores contratados pela prefeitura fogem da média de mercado e indicam possível desperdício de dinheiro público.
“Normalmente, não interfiro nas contratações de artistas pelos municípios do interior, pois sei da importância de movimentar a economia local. Mas o que vem acontecendo em Tefé é um absurdo sem precedentes”, afirmou o parlamentar.
Cachês inflacionados
Embasado em matérias jornalísticas que repercutem o fato, Delegado Péricles destacou que a sertaneja Simone Mendes, cujo cachê normalmente varia entre R$ 250 mil e R$ 400 mil, foi contratada pela Prefeitura de Tefé por R$ 900 mil.
O cantor Pablo, que costuma cobrar entre R$ 250 mil e R$ 270 mil — valores praticados em apresentações recentes em Itacoatiara e Benjamin Constant —, também recebeu R$ 900 mil para se apresentar na Festa da Castanha que acontece anualmente em Tefé, entre os meses de maio e junho.
Outro caso envolve Marcinho Sensação. Conforme o Extrato de Contrato nº 07/2025 da Prefeitura de Tefé, o cantor receberá R$ 350 mil, enquanto seu cachê habitual gira em torno de R$ 100 mil.
“O que está sendo feito pela Prefeitura de Tefé é um escândalo. Isso precisa ser investigado”, enfatizou Delegado Péricles, acrescentando que já prepara a documentação para formalizar a denúncia junto aos órgãos de controle.
Leia mais: Presidente da CCJR da Aleam, Delegado Péricles comemora desempenho da Comissão em 2024
Janaína Jamilla anunciou sua saída do Fundo Manaus Solidária após dois meses no cargo. Em postagem nas redes sociais, afirmou que deixará a função para se dedicar aos negócios e à família. Nomeada em janeiro, sua escolha foi questionada por falta de formação técnica na área. Ex-candidata pelo Avante, ocupava um cargo equivalente a subsecretária, com salário de R$ 22 mil. Em sua despedida, destacou projetos que coordenou, mas não mencionou o prefeito David Almeida ou a primeira-dama.
O governo Lula (PT) enfrenta uma denúncia no TCU sobre o aumento nos gastos com publicidade, que devem atingir R$ 3,5 bilhões em 2025. A ação, apresentada pelo deputado Sanderson (PL-RS), pede a suspensão das licitações até análise do tribunal. O valor representa um aumento de 40% em relação ao governo Bolsonaro. A Secom terá R$ 562,5 milhões, enquanto outros 20 órgãos somam R$ 3 bilhões. O caso ganhou repercussão após reportagem da Folha de S.Paulo.
O presidente da ALEAM, Roberto Cidade (UB), anunciou nesta quarta-feira (12) que a realização de concurso público é prioridade. Um grupo de trabalho já foi formado para definir o cronograma, desde o certame até a convocação dos aprovados. Cidade garantiu transparência e foco em cargos estratégicos para aprimorar o funcionamento legislativo. Ele também destacou seu histórico de valorização dos servidores, mencionando ser o único presidente da Casa nos últimos dez anos a conceder reajustes com ganho real.
Nesta quarta-feira (12), a Câmara Municipal de Manaus rejeitou um requerimento do vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) que solicitava informações e investigação sobre a viagem do prefeito David Almeida e sua esposa ao Caribe. O pedido foi derrubado por 24 votos contrários, 11 favoráveis, 5 ausências e 1 abstenção. Fornecedores da Prefeitura também acompanharam o prefeito durante o Carnaval na ilha caribenha de Saint Barthélemy, levantando questionamentos sobre transparência.
O vereador Rodrigo Guedes (PP) propôs a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os empréstimos de cerca de R$ 2 bilhões contraídos pela Prefeitura de Manaus, alegando falta de transparência na aplicação dos recursos. Ele aguarda um novo pedido de empréstimo de R$ 2 a R$ 2,5 bilhões e questiona se os valores foram investidos em infraestrutura, dada a persistência de alagamentos na cidade. Guedes também criticou a recente viagem do prefeito David Almeida ao Caribe com fornecedores da prefeitura, afirmando que isso gerou indignação na população e que sua solicitação de explicações pode não ser votada devido a estratégias da base governista.
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