Foram 35 votos favoráveis e 15 contrários
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que pretende proibir o aborto no país, sob protesto de parlamentares da esquerda.
Foram 35 votos favoráveis e 15 contrários. O governo orientou contra. A sessão do colegiado teve de ser interrompida por cerca de 50 minutos após um grupo de mulheres entrarem no plenário em que ocorria a reunião para protestar contra a PEC.
Agora, caberá ao presidente Arthur Lira criar uma comissão especial para analisar o texto.
A Proposta de Emendas Constitucional (PEC) 164/2012 proíbe o aborto no Brasil independentemente do motivo da gravidez, alterando o artigo 5º da Constituição Federal.
A ideia era terminar a votação no último dia 13 de novembro, mas o debate foi adiado por conta de obstruções de parlamentares governistas, que pediram vista sob justificativa de que precisavam de mais tempo para estudar o assunto.
A tramitação da matéria é uma articulação da presidente do colegiado, a deputada Caroline de Toni (PL-SC), e de outros parlamentares de direita como uma tentativa de limitar os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) — que sustenta, em sua jurisprudência, as três situações em que o aborto é permitido no Brasil. O resgate da discussão sobre o tema no Legislativo ocorreu em meio ao crescente tensionamento da relação entre alas da direita no País e a Suprema Corte.
A PEC do Aborto, como ficou conhecida, foi proposta pelos ex-deputados Eduardo Cunha (então PMDB-RJ) e João Campos (então PSDB-GO) em 2012. Desde então, a matéria foi arquivada e desarquivada três vezes.
A matéria altera o artigo 5º da Constituição Federal para garantir a inviolabilidade do direito à vida “desde a concepção”. “A vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção”, justificam os autores da proposta.
O QUE MUDA
Caso o texto seja aprovado pelo Congresso Nacional, até as circunstâncias de aborto hoje autorizadas serão revogadas, como nos casos de estupro ou risco à vida da mulher e se o feto tiver anencefalia (mal desenvolvimento do cérebro).
Atualmente, a possibilidade de aborto nessas circunstâncias é prevista no Código Penal e garantida por jurisprudência do STF.
Como está o texto na Constituição:
Como pode ficar se a PEC for aprovada no Congresso:
Se for aprovada na CCJ, a PEC ainda terá de ser analisada por uma comissão especial e só depois pelo Plenário, ainda dependendo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautar. Para ser aprovado no plenário, o texto precisa ter, pelo menos, 308 votos favoráveis.
ARTICULAÇÃO CONTRA O ABORTO
A relatora da matéria é a deputada Chris Tonietto (PL-RJ), uma das principais ativistas contra o aborto no Legislativo Federal. Ainda no dia 13 de novembro, mesmo com os pedidos de vista e o consequente adiamento da votação, a presidente da CCJ autorizou Chris Tonietto a ler seu relatório, favorável à proposta.
“Não identificamos afronta aos direitos e garantias individuais”, afirmou Chris, acrescentando que a mudança do texto constitucional não é incompatível com os princípios e regras fundamentais do ordenamento jurídico nacional.
“Entendemos não haver qualquer óbice constitucional para regular tramitação da referida proposta. Concluímos, assim, o voto no sentido da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 164/2012”, argumentou a relatora.
O desembargador Jomar Ricardo Saunders Fernandes tomou posse como presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), ao lado de Airton Luís Corrêa Gentil, como vice-presidente, para o biênio 2025/2026, durante cerimônia realizada nesta quinta-feira (9) no Teatro Amazonas.
Ao assumir a Prefeitura de Borba, o prefeito Toco Santana encontrou uma administração em situação de calamidade. Em registros divulgados nas redes sociais, o gestor expôs o estado de abandono das instalações municipais, incluindo a sede da prefeitura e secretarias fundamentais como saúde e infraestrutura urbana.
A prefeita de Maués, Macelly Veras (PDT), nomeou dois filhos e o genro do vice-prefeito Paulo PP (PV) como titulares de três secretarias municipais. As nomeações foram oficializadas por meio do Diário Oficial dos Municípios nos dias 2 e 7 de janeiro de 2025.
A conselheira do Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR), Simone Denarium, arquivou dois processos relacionados à gestão de seu marido, o governador Antonio Denarium. O primeiro caso envolvia uma Representação do Ministério Público de Contas (MPC/RR), que apontava irregularidades na aplicação de recursos públicos na segurança estadual.
David Reis (Avante), reeleito presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), tem sido alvo de críticas devido à sua postura em relação à condução das sessões parlamentares. Em declarações recentes, o presidente afirmou que não se apega à tarefa de presidir as sessões e prefere concentrar seus esforços nas atividades do seu gabinete.
Deixe um comentário