Banco Central dos EUA manteve na 4ª feira (1º.nov) os juros no patamar de 5,25% a 5,50%
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As condições financeiras demonstraram estar mais apertadas, mas o Federal Reserve não está confiante de que isso seja o suficiente para que a próxima decisão de política monetária seja a mesma, ou de que haja um indicativo para as definições das taxas de juros nos Estados Unidos no futuro. Foi o que demonstrou o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista a jornalistas na tarde de 4ª feira (1º.nov.2023), depois da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de manter as fed funds no patamar atual, na faixa de 5,25% a 5,50%.
“Dado que as alterações persistentes nas condições financeiras podem ter implicações na trajetória da política monetária, acompanhamos de perto a evolução”, disse.
Assim como no comunicado do Fomc, Powell procurou deixar a porta aberta para as próximas reuniões, que serão dependentes de novos dados, diante de uma atividade econômica acima do esperado e resiliência do mercado do trabalho.
O Fed segue monitorando a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro de longo prazo e destaca que condições financeiras mais restritivas podem ter implicações na política monetária, mas teriam de ser persistentes, o que ainda precisa ser visto, no entendimento de Powell.
“A inflação moderou-se desde meados do ano passado e os valores durante o verão [no hemisfério norte, inverno no hemisfério sul] foram bastante favoráveis. Mas alguns meses de bons dados são apenas o começo do que será necessário para criar confiança de que a inflação está descendo de forma sustentável em direção ao nosso objetivo. O processo de redução sustentada da inflação para 2% ainda tem um longo caminho a percorrer, apesar da inflação elevada já há mais tempo”, afirmou Powell.
“Estamos empenhados em alcançar uma orientação de política monetária que seja suficientemente restritiva para reduzir a inflação de forma sustentável para 2% ao longo do tempo, e em manter a política restritiva até estarmos confiantes de que a inflação está no caminho desse objetivo”, disse o presidente do Fed.
Segundo Powell, o Fed está atento aos dados recentes que mostram a resiliência do crescimento econômico e sobre a demanda de mão-de-obra.
“A evidência de um crescimento persistentemente acima do potencial para a restrição no mercado de trabalho já não está diminuindo e poderá colocar em risco novos progressos na inflação e poderá justificar um maior aperto da política monetária”, disse.
Visão dos analistas
O comunicado do Fomc não menciona riscos geopolíticos recentes, diferente de quando ocorreu a crise entre Rússia e Ucrânia, diz Alex Lima, analista da Guide Investimentos. “A surpresa foi a adição da palavra financial, reconhecendo o aperto das condições financeiras, principalmente o juro longo”, afirma Lima.
Sobre a entrevista a jornalistas, a sensação é de que Powell demonstrou esforço para manter o tom hawkish, avalia André Leite, CIO da TAG Investimentos. “O mercado estava no modo ‘acabaram as altas’ depois das declarações de membros do Fed. Ele se esforçou para colocar a chance de um aumento de taxa de volta à mesa”, afirma.
O equilíbrio entre o controle inflacionário norte-americano sem que a economia global entre em recessão continua sendo um dos focos do Fed, para Thomas Monteiro, analista do Investing.com.
“O problema é que ele já usou o instrumento de maior impacto que tem em mãos, que são as taxas de juros. Se ele aumenta uma última vez ou não, não deve ser o maior problema, já que o mercado continua muito mais focado em quanto tempo levará para o Fed começar a cortar os juros, já que o mercado prevê, no pior cenário, uma alta terminal de 25 bps [basis points] nos juros”.
Monteiro completa que, sem a taxa de juros, Powell fica restrito a 2 instrumentos: o aperto quantitativo (redução do balanço do Fed) e seus discursos (comunicação de insegurança no mercado de risco).
“O problema com o 1º é que a liquidação no mercado dos Treasuries, especialmente no extremo mais longo da curva, está a pressionar a recuperação econômica e a empurrar o dólar para um maior valor. Assim, o Fed terá de diminuir a intensidade da venda das suas participações”, detalha Monteiro, que aponta a comunicação como o último instrumento.
“Isto significa que ele continuará a assustar quem quer que fique fora de controle –seja os mercados de título ou de ações– enquanto ganha tempo para que as defasagens da política monetária surjam e finalizem o seu trabalho. E foi exatamente isso que ele fez hoje, quando não aumentou as taxas, mas tentou parecer indeciso –isto é, nem hawkish nem dovish”, conclui, ao lembrar que 2024 é um ano eleitoral, o que significa que a pressão será grande sobre Powell para manutenção de um mercado de trabalho forte.
Com informações da Investing.com
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