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Joaquim Corado

Advogado e contador, com mestrado em Ciências Contábeis e pós-graduação em Gestão Municipal. Experiência como auditor tributário, professor na FES/UFAM e no IBAM/RJ, deputado estadual, prefeito municipal e em cargos de gestão pública, incluindo a SUFRAMA e a SEFAZ/AM. Também atuou como presidente do SINDIFISCO/AM e diretor da Associação Amazonense dos Municípios. Além disso, é consultor, formulador de políticas públicas e escritor.
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A Amazônia é nossa

O presidente Lula disse que “a Amazônia não é só nossa. Embora o Brasil seja dono soberano do território da Amazônia, nós temos de abrir para a ciência do mundo inteiro ajudar a pesquisar”, disse, durante uma entrevista ao programa Voz do Brasil, da Empresa Brasileira de Comunicação. Voltando a aflorar a sanha de ocupar a Amazônia despertada pela voz do Presidente Lula, em manifestação irresponsável, inconsequente.

Desde que me entendo como gente que a cobiça pela Amazônia está em pauta! Quem não lembra do Lago Hudson, na década de 1960. Seria  um sistema de grandes lagos artificiais construídos na  Amazônia. A ideia foi do primeiro futurólogo do mundo, Herman Kahn apresentada pelo Hudson Institute, de New York. Seus efeitos seriam devastador, de Óbidos a Manaus seriam inundados. Seria uma forma de ocupação da Amazônia. “O Brasil deveria ser pródigo, e doar seu grande rio e território amazônico para o bem comum”. Não se parece com o que diz o presidente Lula?

Naquela época a imprensa esquerdista foi a grande crítica, contrária a ideia do grande lago, mas por ironia o atual presidente do Brasil é esquerdista do PT faz o discurso contrario assanhando os interessados na ocupação da Amazônia para fins exploratórios dos recursos minerais, como foi defendido na concepção dos sistemas de lagos artificiais já naquela época. “O Brasil deveria ser pródigo, e doar seu grande rio e território amazônico para o bem comum.”

É dessa maneira que surgem as concepções a respeito da nossa Amazônia, formuladas em bases abstratas, sem levar em consideração os aspectos locais, o meio ambiente. O nosso presidente com essa atitude não deixa se perder ou desperdiçada, volta a cobiça internacional pela Amazônia na pauta do dia. Tem-se visto, ultimamente nos noticiários que os governantes de grandes nações voltaram a doar grande quantia em dinheiro para o Fundo Amazônico. 

O impressionante é que o presidente fala como se fosse dono do  país. E o Brasil não quer a Amazônia? E a população brasileira? E os amazônidas? Será isso que se quer? Não será necessário o plebiscito e a autorização do Congresso Nacional?

Caso o Brasil não queira a Amazônia, nos queremos continuar sendo amazônidas. Seria uma grande nação!

Joaquim Corado

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ATENÇÃO: O texto acima é de caráter opinativo, logo, as informações e crenças expressas nele não refletem essencialmente o pensamento do site O PODER e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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